Tuesday, May 14, 2019

Auroras boreais azuis muito raras e fenômeno STEVE aparecem no céu sobre Calgary, Canadá – E próxima ejeção solar chega em 15 de maio!


Auroras boreais, ou luzes do norte, são geralmente verdes, às vezes vermelhas. Essas são as cores que vemos quando o oxigênio é atingido por elétrons que caem do espaço durante uma tempestade geomagnética. Porém, na noite de sexta-feira, 11 de maio de 2019, Harlan Thomas, de Calgary, Alberta, testemunhou uma cor diferente: AZUL PROFUNDO!
Auroras boreais azuis muito raras e fenômeno STEVE aparecem no céu sobre Calgary, Canadá
Foto © Harlan Thomas: “Ver esses incríveis pilares azuis era como se estar fora deste mundo”, diz Thomas. Foto via SpaceWeatherGallery
Nas auroras, o azul é um sinal de nitrogênio. Partículas energéticas atingindo nitrogênio molecular ionizado (N2 +) em altitudes muito altas podem produzir um brilho azul raramente visto durante as exibições aurorais. Neste caso, foi o resplendor de um impacto de uma ejeção de massa coronal solar (sigla em inglês CME, para Coronal Mass Ejection).
A CME deixou o Sol em 6 de maio, impulsionada em nossa direção por uma explosão no dossel magnético da mancha solar AR2740. Quando finalmente chegou em 10 de maio, a lenta nuvem de tempestade sacudiu o campo magnético da Terra, provocando uma pequena tempestade geomagnética da classe G1. Auroras foram avistadas em partes do Canadá, bem como Estados dos EUA, como Michigan e Minnesota.
“Para completar, STEVE apareceu por vários minutos também”, diz Thomas, que capturou nesta foto:
Imagem do fenômeno STEVE por © Harlan Thomas, via SpaceWeatherGallery
STEVE é uma faixa quente (3000 graus C) de gás ionizado cortando a atmosfera superior da Terra a cerca de 300 km acima do solo. Parece imprevisível durante algumas tempestades geomagnéticas, mas em nem todas. Originalmente pensava-se que era uma forma de aurora boreal, mas novas pesquisas mostram que não é.
A cor púrpura suave de STEVE também pode ser causada por emissões de nitrogênio, de acordo com um novo estudo recém publicado na Geophysical Research Letters. Coincidência? STEVE e auroras azuis parecem compartilhar uma conexão com o sétimo elemento da tabela periódica.
As auroras azuis são vistas com mais frequência durante intensas tempestades geomagnéticas – mas essa foi uma tempestade relativamente pequena. A razão porque o nitrogênio-azul superou os habituais tons de oxigênio em 11 de maio não está claro. Isso só serve para mostrar que as auroras ainda têm a capacidade de nos surpreender. De qualquer forma, ver estes incríveis pilares azuis deve ter sido coisa de outro mundo.
Mantenha seus olhos para o céu! Mais algumas auroras à frente! Outra ejeção está chegando e sua data prevista de chegada é 15 de maio. A nuvem de tempestade solar foi lançada em nossa direção por uma dupla explosão no Sol de 10 a 11 de maio.
(Fonte)

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