Detritos de satélite destruído pela Índia permanecerão em órbita por um ano
De acordo com análise da Analytical Graphics Inc (AGI), pelo menos uma dúzia de fragmentos do satélite destruído por um míssil indiano em março
atingiu altitudes acima de mil quilômetros. Isso significa que tais
detritos permanecerão na órbita do planeta por pelo menos um ano — tempo
muito maior do que o estimado pelo país, que seria de 45 dias —, sendo
que um fragmento foi localizado a 2.222 km de altitude, quase oito vezes
mais alto do que a região onde o satélite foi interceptado.
"Muitos fragmentos já entraram novamente [na atmosfera do
planeta] nos primeiros dois dias, e depois haverá um grupo de fragmentos
que entrará novamente dentro de um a dois meses, mas há alguns
fragmentos que podem ficar lá por um ou até dois anos", disse Dan
Oltrogge, pesquisador sênior da AGI.
A Força Aérea dos Estados
Unidos disse, dois dias após a missão indiana, que já estavam rastreando
250 fragmentos criados com a explosão, que aconteceu a 280 km de
altitude. No início de abril, Jim Bridenstine, administrador da NASA, lamentou a ação indiana e disse que ela representa riscos para a Estação Espacial Internacional,
que está a 400 km de altitude. E, bem, agora chega a confirmação de que
alguns detritos realmente "voaram" a altitudes mais elevadas do que o
previsto pela Índia, com a ISS podendo ser afetada caso algum pedacinho
de satélite destruído a atinja em altas velocidades.
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dados da AGI também mostram que vários satélites russos de
sensoriamento remoto estão entre as 25 espaçonaves com maior risco de
cruzar com algum detrito do teste ASAT indiano, além de um satélite de
mapeamento eólico da ESA, a agência espacial europeia. A ISS fica na
lista dos 60 artefatos espaciais potencialmente ameaçados pelos
destroços.
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